Pegando os pedaços do meu coração, bem-vindo a minha alma, onde eu abro minhas vísceras sem filtro. Aqui é o cerne da minha mente, meu coração nos momentos tempestuosos e nos momentos intensos. Aqui eu escrevo minhas dores e amores do coração para um dia revisitá-los ou somente para tira-los do meu coração, traz um alívio, diminui o fardo. Bem-vindo, leia com moderação.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Amar e malamar...


Tudo parece estar do jeito certo agora, cada coisa em seu lugar, cada coisa no seu tempo e eu curtindo esse momento, tudo tranquilo, to sem inspiração o que nao tem sido novidade, sou movida por amor, preciso de um pouco mais dessa quimica, mais do toque. O pouco que encontro é bem limitado, tenho lido Carlos Drummond de Andrade "Antologia poética" o que ajudou um pouco também, aliás, recomendo o livro é muito bom ! quem estuda em escola do governo provavelmente tem essa obra maravilhosa em casa e não sabe, pois foi doado a diversas escolas.

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar,desamar, amar?
sempre, e até os olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz a praia
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuídos pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Finalizando:
flightless bird
Relax *-*



Boa noite ;))




Nenhum comentário:

Postar um comentário