Pegando os pedaços do meu coração, bem-vindo a minha alma, onde eu abro minhas vísceras sem filtro. Aqui é o cerne da minha mente, meu coração nos momentos tempestuosos e nos momentos intensos. Aqui eu escrevo minhas dores e amores do coração para um dia revisitá-los ou somente para tira-los do meu coração, traz um alívio, diminui o fardo. Bem-vindo, leia com moderação.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Meu eu suicida: Os primeiro pensamentos. Parte 2


Quando pensamos em suicídio inicialmente, não é pensando na nossa inutilidade, não é pensando em nos punir e sim fazer com que os outros notem nossa existência, no fundo, inicialmente sabemos como somos importantes para esse mundo, assim como cada ser, apenas queremos que os demais notassem isso, que aquelas pessoas ou aquela pessoa em específico note nossa existência e nos valorize. Queremos sentir aquele amor que aquece a alma, queremos ser lembrados por quem amamos, queremos ter com quem compartilhar nosso dia, amar infinitamente e ser amado de volta.
Se lerem esse blog vão perceber que ele se compõe basicamente de decepções amorosas, nada pode destruir mais do que um coração partido, uma desilusão, acontece que tem pessoas que tiram isso de letra, passam por cima disso com facilidade, outras pessoas nem tanto, algumas não se recuperam.

Primeiro ponto: Quando pensamos em suicídio inicialmente é para punir alguém com a nossa ausência, é para dizer "Ei eu estava aqui o tempo todo, eu amei você o tempo todo mas você não enxerga por quê? espero que sinta muito eternamente por isso"

Pensamos em como seria a vida de todos ao nosso redor sem nosso corpo neste plano, como seria o choque, como seria os pensamentos... depois pensamos em como faríamos isso, com uma corda, com um estilete... porém logo caímos em sí pensando "isso é coisa de gente trouxa, eu não faria isso." porém esse pensamento ronda você em outros dias, principalmente quando um fato te faz sofrer novamente, você pensa em outras coisas, chora, nossa como chora, fala com alguém, diz como se sente... mas aquela cara de quem desdenha de quem não se importa te machuca mais e mais, nesse momento você só queria alguém para te abraçar e dizer o quanto te ama, o quanto pode te ajudar a eliminar toda essa dor, o que você quer é que essa promessa se concretize também, que você tenha alguém ao seu lado realmente.

Inicialmente essa é apenas uma ideia maluca, dramática e passageira, nesse momento você escuta o que vai ouvir durante todo esse processo depressivo "isso é uma fase." Mas aqui vou mostrar que essa fase pode durar anos, meses e acabar da pior maneira.

Você apresenta o primeiro sintoma: O choro!
Muito choro repentino, antes de dormir, você sente falta dos momentos que se foram, da sua infância, do início do relacionamento, das expectativas, se sente sozinha porque todos mudaram mas você ainda é a mesma pessoa, você se culpa por ter uma vida muito boa como outros dizem e ficar se lamentando, se sente idiota por isso, fraco.

Mas isso tem saída, mesmo que ninguém te entenda, você pode trabalhar nisso sozinho e aconselho fazer isso nesse momento, não deixar se prolongar demais, é um caminho quase sem volta, sem ajuda é muito mais difícil. Nós na verdade, inicialmente, gostamos dessa melancolia, as músicas tristes fazem sentido, você fica nessa fossa às vezes, e logo está bem, e acha que aquilo que você passou noite passada não retornará... você está enganado.

Meu eu suicida. Início. Parte 1.



Por um tempo eu acreditei em alguém que tiraria de mim todas as dores, me faria sentir bem mais do que eu posso estar e sinceramente isso aconteceu... por um tempo.
Por um período eu fui muito feliz, mas em um certo dia eu me vi sozinha, questionando minha personalidade, minhas atitudes, apontando meus erros, a pior parte nisso tudo é quando você percebe que esse relacionamento não depende apenas da sua vontade.
Eu nunca tive uma saúde emocional das melhores, fantasiei demais o amor que os outros deveriam sentir por mim e esqueci do principal amor, aquele que sentimos por nós mesmos, coloquei em outras pessoas uma responsabilidade que não era deles, quando não me atenderam eu os culpei, mas só quem poderia me fazer feliz era eu mesma.
Nesse período eu fui obrigada a sobreviver emocionalmente, sozinha, nesse tempo fui traída pela minha mente diversas vezes, sofri alguns danos psicológicos que só eu sei, ninguém viu, ninguém entendeu e eu guardei para mim.
O que eu direi aqui é muito íntimo, eu já disse a outras pessoas mas não me escutaram. Talvez você se sensibilize com a minha história, talvez você se identifique, mas o que eu espero mesmo contudo isso é mostras que há saídas para um coração partido, para uma depressão, podemos sair disso juntos. Ninguém te entende, mas não os cobre por isso, só quem passou sabe como é estar desse lado da história, eu te entendo e posso ajudar como tento me ajudar todos os dias. Em todo esse tempo que estive desse lado, aprendi a me regenerar sozinha, se não fizermos isso por nós mesmas ninguém o fará, contarei aqui o meu dia a dia e a bipolaridade da minha mente que me colocou na pior situação emocional de uma pessoa e como a mesma tenta me tirar de lá.